Analista de Mídia Online X Gestor de Tráfego: mitos e verdades
Para entender a diferença entre os dois precisamos voltar no começo de suas profissões, o Analista de Mídia, ou o Mídia de uma agência de publicidade é uma profissão que vem da década de 1960 no Brasil. Quando os primeiros departamentos responsáveis por veiculação de material fonográficos e gráficos começaram a comprar cada vez mais espaço publicitários em revistas, jornais, rádios e televisão. em meados de 2000 os primeiros profissionais voltados apenas a ambientes digitais, como analistas de links patrocinados e mídias online que trabalhavam compra direta de espaços em portais surgiram. O Analista de Mídia Online nada mais é que a herança de um departamento publicitário.
Sim, esse Analista evoluiu assim como as ferramentas evoluíram, como no digital a facilidade de trackear comportamentos de usuários, caminho de navegação e resultados em vendas era absurdamente maior que a mídia tradicional, o Analista de Mídia Online virou uma espécie de estrategista em Marketing em ambientes digitais. Começou a responsabilizar-se o domínio de leitura de dados estratégicos e a gestão de BI (web analytics), que hoje chamam de cultura data-driven. Não é incomum no Linkedin ver Analistas de Mídia de Performance
E onde surgiu o Gestor de Tráfego Pago, ou Gestor de Tráfego? Esse termo foi surgir juntamente com um produto criado por Jeff Walker, o Fórmula de Lançamento, que vendeu milhões e rendeu muito ao seu criador. No Brasil esse produto foi difundido por Érico Rocha em meados de 2011 que se baseia em vender através de um funil que muitos poderiam chamar de inBound Marketing (mas não é), nele existe uma função fundamental para escalonar o “lançamento”; A gestão de tráfego pago, que pode ser realizada por um “Paid Traffic Manager” abrasileirado para: Gestor de tráfego, mas esse nome é errado? De maneira nenhuma, as fontes de tráfego que não são orgânicas em Web Analytics já são chamadas de “tráfego pago“.
E entendendo que esse mercado era um potencial tremendo a cultura do coach, que ganhava cada vez mais adeptos e força, começa a migrar massivamente para ambientes de lançamento de infoprodutos, o mercado do marketing não foi diferente. Daí para cá grandes nomes surgiram disseminando conhecimentos técnicos e empíricos para uma massa de consumidores de seus cursos dos mais justos do que entregam posso apontar: Pedro Sobral, Adriano Gianini, Thiago Tessmann e a recém-exaltada Bárbara Bruna. São verdadeiros profissionais e suas equipes que entregam valor em cursos de Marketing Digital, dicas mercadológicas e ferramentas, além de vender milhões em infoprodutos e eventos online.
Tá Júlio, mas quais as diferenças entre os dois profissionais? Na minha visão é que profissionais formados em agências de publicidade e marketing como Analistas de Mídia, geralmente vem de uma formação acadêmica e possuem um fundamento melhor para composição de grandes planos publicitários de investimento, conseguem fazer campanhas de awareness refinadas, conseguem desenvolver e amarrar de melhor maneira com a plataforma de mídia que estão trabalhando e possuem maior variedade de ferramentas e canais de mídia para trabalhar.
O Gestor de tráfego na maioria das vezes fez algum curso online (que pode ser muito bom como os que citei acima), começou com a gestão de clientes com investimento modestos, aplicou seu conhecimento (e bom conhecimento) para apresentar resultados ao cliente, tem um ótimo conhecimento de caminho e funil de vendas e conversão, conhece de técnicas de escrita persuasiva (copywriting), e de growth hacking, também aplica-se em conhecer profundamente o segmento mercadológico de seus clientes.
As limitações do Analista de Mídia é que muitos deles geralmente não se preocupam com resultado macro do cliente, muitos deles nem dados de faturamento sabem, isso limita sua visão na parte de planejamento. Muitos deles nem sabem o sentido de pulverizar tanto a verba do cliente, não sabem aplicar uma cobertura mais estratégica de canais, embora sejam data-driven muitas vezes não usam esses dados de maneira inteligente.
As limitações do Gestor de tráfego, muitos não possuem experiência com grandes investimentos ou players, alguns deles confundem a gestão de mídias sociais (Social Media) com tráfego pago, quando, na verdade, seriam estratégias de tráfego orgânico ou tráfego referência, não conhecem ferramentas de web analytics, embora testem muito (Técnicas de Growth Hacking) não apresentam dados de maneiras consistentes e lógicas. Embora possuam grande conhecimento sobre os nichos que trabalham, se atrapalham na hora de trabalhar com vários segmentos.
De onde vem o ranço com gestor de tráfego?
Toda profissão para senioridade e expertise precisam necessariamente de experiência, ou seja, para ser expert você precisa gastar tempo de gestão de contas, clientes e negócio. O fato que muitos gestores de tráfego querem vender mentoria e infoprodutos de curso, sem profundidade, apenas replicando conteúdos de outros infoprodutores. Isso tem sido visto como sujeira de mercado. Profissionais sem experiência tentando se vender como profissionais excelentes, não é difícil você rodar um Instagram com centenas de perfis iguais, com a mesma descrição e o mesmo conteúdo.
Como isso aconteceu:
Alguns infoprodutores replicaram a fórmula de lançamento para esse mercado, não necessariamente eles conhecem as ferramentas do mercado de Marketing digital, mas buscam vender muito seu produto e tem um certo êxito. Agências de publicidade deram um espaço gigantesco quando eles não resolveram problemas reais, venderam planejamentos ruins e buscaram apenas consumir a verba de mídia, não foram estratégicos.
Aos analistas de mídia e gestores de tráfego quando se repelem por vir de ambientes de aprendizagem diferentes, só perdem, a troca traz muito conhecimento, quando sai do ecommerce e fui fazer campanhas de infoprodutos e lançamentos em 2019 descobri um universo de possibilidades, novos formatos de anunciar, funis e comunicação, não percam essa possibilidade.
Quando um recrutador busca um profissional para compor a equipe, é necessário conhecer a cultura da empresa. Se forem agências de Publicidade, Marketing & Sales (Smarketing) recomendo profissionais com conhecimentos em várias plataformas e ferramentas. Para Clientes e Agências in Home (Alocadas dentro de clientes, ou criada pelos clientes) profissionais com grande conhecimento de funil, e gestão de dados. Vocês vão achar tanto analistas de mídia online quanto gestores de tráfego com essas características. Contudo, o tempo é rei, quanto maior o tempo envolvido do mercado (tempo de experiência) mais conhecimento técnico ele terá. Juniores 1 á 2 anos – Plenos – acima de 2 anos, seniores – acima de 4 anos.
Existem ótimos profissionais cheios de hard e soft skills com as duas nomenclaturas que aprendem fácil, são estratégicos e capazes. Assim como péssimos profissionais com as duas alcunhas
Clientes precisam entender de seu momento como marca e empresa.
Necessita de resultados curtos e possuem pouco investimento; contrate profissionais com cases com empresas semelhantes, de preferência que conhecem seu mercado. Veja se o profissional entende do seu negócio, de estratégias profundas de venda e lembrem-se profissionais extremamente barato, mesmo que experiente, devem ter uma demanda alta de contas, o que faz a qualidade da entrega ser bem limitada.
Possui uma verba boa para que uma equipe multidisciplinar? Invista em uma agência, isso vai agregar não apenas seu funil de venda, mas também a gestão de sua marca em ambientes digitais, procure uma agência de Marketing focada em vendas. Com isso além de vendas imediatas, também trabalharão seu posicionamento de marca e comunicação.
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